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terça-feira, 3 de agosto de 2010

No futuro, foguetes voarão movidos a raio laser


Parceria entre FAB e USAF pesquisa tecnologia que pode revolucionar lançamentos espaciais.
A corrida espacial que possibilitou a chegada do homem à lua, em 1969, foi um dos acontecimentos mais empolgantes do século XX. Ainda que o momento fosse marcado pela Guerra Fria e o medo de um conflito direto entre a União Soviética e os Estados Unidos, a população mundial acompanhou a exploração do espaço como uma saga épica. Hoje, em São José dos Campos (SP), a saga tem continuidade.
No projeto desenvolvido em parceria com o Laboratório da Força Aérea Americana (Air Force Research Laboratory), o Comandante Marco Antônio Sala Minucci [Coronel Engenheiro, diretor], do Instituto de Estudos Avançados do Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (IEAv – CTA), coordena a pesquisa de propulsão a laser. Se o desafio, na década de 50, era mandar o homem para o espaço, hoje, é fazê-lo com maior custo benefício e sem agredir o meio ambiente.
A ideia parece saída de um filme de ficção-científica: aeronaves e foguetes se deslocando no espaço através de um feixe de luz de alta energia. Na prática, vai funcionar do seguinte modo: uma base terrestre projeta a radiação laser na traseira do veículo – que, por sua vez, recebe, da parte dianteira, ar aquecido. Ao entrar em contato com o laser, as moléculas do ar aquecido explodem, empurrando o veículo para frente. Nada de galões de combustível – a fonte de energia é o próprio ar e a eletromagnética.
De acordo com Minucci, atualmente, o peso da carga útil das naves (como satélites a serem colocados em órbita) só pode chegar a 5% da capacidade do foguete. Isso acontece porque o veículo precisa transportar, também, o combustível e o oxidante necessários para o voo. Com a nova tecnologia, estima-se que a nave poderá destinar 50% da sua capacidade ao transporte de carga. “Essa é a grande vantagem. Enquanto o veículo estiver se movimentando na atmosfera, a energia virá da terra. Operações aeroespaciais serão otimizadas”, diz o comandante.
Abolir o uso dos combustíveis fósseis não vai só ajudar a combater o aquecimento global. A viagem será barateada em 100 vezes e vai tornar o espaço mais acessível. Colocar satélites de até 50kg em órbita, por exemplo, passa a ser mais viável. “É um adeus à poluição, ao risco de explosão e a toda aquela parafernália que existe no lançamento de um foguete convencional”, completa Minucci.
Experimentos
Para realizar os ensaios, o Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu, do IEAv, conta com o túnel de vento hipersônico T3. Ele simula as condições de voo a serem encontradas pelo veículo na atmosfera – condições essas que permitem um deslocamento seis vezes mais rápido do que a velocidade do som. O túnel é o único da América do Sul e foi construído em solo brasileiro. Por enquanto, os cientistas realizam experiências com o modelo do veículo parado, e se concentram na focalização do laser na traseira da máquina.
De acordo com o comandante, os testes no túnel devem durar, pelo menos, mais cinco anos. Depois, será desenvolvido um protótipo para testes e ensaios de voo. Conferir um lançamento propriamente dito só será possível entre 2020 e 2025. Com seres humanos a bordo, somente quando se tiver certeza de que a tecnologia é realmente segura.
Parceria
Simultaneamente, outros experimentos são realizados nos Estados Unidos, no Rensselaer Polytechnic Institute (RPI), em Troy, Nova Iorque. A universidade é a mais antiga dos Estados Unidos no campo das pesquisas tecnológicas.
Quem está à frente do programa é o professor Leik Myrabo, o primeiro, no mundo, a fazer voar um veículo utilizando a propulsão a laser. Em 1997, durante experiência em um deserto da Califórnia, Myrabo fez um objeto de 60g subir aproximadamente 100m. Formado em Engenharia Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Minucci fazia o pósdoutorado na RPI, em 1997, quando soube do experimento de Myrabo. Vendo que o conceito era viável, convocou o amigo Paulo Toro e, em 1999, se concentraram nos estudos sobre propulsão a laser no IEAv. “Já tínhamos todos os componentes necessários para fazer ensaios no Instituto, como o túnel de vento hipersônico, o laser e uma divisão voltada para esta área”, lembra Minucci. Em 2000, após uma série de experiências bem sucedidas, a dupla foi contatada pelo laboratório da Força Aérea Americana, que propôs um programa de colaboração, chamado “International Beamed Propulsion Research Collaboration”.
A partir de 2007, a aquisição de lasers de alta potência (fornecidos pelo laboratório americano) e a aprovação do projeto pela FINEP permitiram um avanço nas pesquisas. Em 2008, os cientistas conseguiram guiar um feixe de laser com segurança para o interior do túnel T3 e focá-lo em um objeto, que foi destruído. A potência do laser era de, aproximadamente, 1 gigawatt – o equivalente a 10 milhões de lâmpadas incandescentes. Hoje, são oito pessoas trabalhando no programa do IEAv. Além de trocar e-mails e telefonemas, a equipe recebe visitas periódicas dos pesquisadores americanos.
Origem
A ideia de se usar laser em operações espaciais surgiu nos Estados Unidos, em 1983, durante a Guerra Fria. Em 27 de março, o então presidente Ronald Reagan lançou o Programa de Defesa Estratégica no Espaço (Strategy Defense Initiative), conhecido popularmente como “Programa Guerra nas Estrelas”. Como no filme de George Lucas, de 1977, os EUA tinham como objetivo travar uma batalha contra o inimigo no espaço sideral, com lasers em punho, como cavaleiros jedis. Seria instalado um cinturão de canhões em volta do globo terrestre, capaz de detectar e destruir mísseis inimigos antes que eles atingissem seu alvo.
Na prática, o programa bilionário não fez grandes avanços, mas continua recebendo verbas do governo – e, consequentemente, críticas de organizações humanitárias como o Greenpeace. Mas Minucci ressalta um ponto positivo do programa: as pesquisas ajudaram a viabilizar a tecnologia de propulsão a laser. “As técnicas em ótica, que seriam usadas para focalizar o feixe do laser no alvo a ser destruído, foram aproveitadas por nós”, revela.

Novo foguete poderia reduzir viagem a Marte para 39 dias

O caminho para chegar a Marte pode estar muito mais próximo do que se imagina. Cientistas estão desenvolvendo foguetes impulsionados por motores de plasma que podem ajudar a reduzir a duração da travessia espacial entre a Terra e o planeta vermelho para apenas 39 dias, quando inicialmente a viagem seria de 250 dias. As informações são do jornal espanhol El Mundo.
Um voo de ida e volta da Terra a Marte, que a ESA, agência espacial europeia, acredita que terá condições de realizar em 2030, levaria ao total 520 dias: 250 para a ida, 30 no local e 240 para a volta. Com a redução no tempo de ida e, consequentemente, no de volta, permitiria que os astronautas passassem menos tempo expostos à radiação, perdessem menos massa óssea e muscular e não sofressem tanto com as alterações circulatórias provocadas por longos períodos em condições sem gravidade.
O Motor de Magnetoplasma de Impulso Específico Variável (VASIMR, na sigla em inglês), ainda em fase de testes, está sendo produzido pela empresa Ad Astra, comandada pelo ex-astronauta Franklin Chang Díaz - veterano de sete missões na Estação Espacial Internacional (ISS) -, com a colaboração da Nasa, agência espacial americana.
Segundo o diário espanhol, o primeiro teste oficial está previsto para 2012 ou 2013, onde os cientistas avaliarão se a nova tecnologia proporcionará impulsos para que a ISS mantenha sua órbita. Os técnicos que trabalham no projeto explicaram que os foguetes impulsionados por combustíveis químicos consomem a maior parte de suas reservas no lançamento, já que no espaço as naves flutuam.
Propulsão durante anos
Os motores de plasma impulsionam a nave, acelerando átomos carregados eletricamente (também chamados de íons) através de um campo magnético. No momento do lançamento, produzem um empuxo muito menor que os motores de combustível porque não podem sair da órbita terrestre por si mesmos. No entanto, uma vez no espaço, o plasma permite uma impulsão durante anos, acelerando a nave de maneira progressiva até obter mais velocidade que os químicos.

Uma Breve História dos Foguetes


O primeiro combustível sólido para os foguetes era uma espécie de pólvora, e a referência registada mais antiga sobre a pólvora vem da China do final do terceiro século antes de Cristo. Tubos de bambu cheios com salitre, enxofre e carvão eram atirados em fogos cerimoniais durante festivais religiosos, na esperança que o barulho da explosão afugentasse os espíritos malignos.
É provável que mais do que alguns destes tubos de bambu estivessem mal selados e, em vez de rebentarem com uma explosão, simplesmente saltassem do fogo, disparados pela pólvora que ardia rapidamente. Alguns observadores mais espertos, cujos nomes ficaram perdidos na história, terão iniciado experiências para produzirem deliberadamente o mesmo resultado que tinham observado nos tubos de bambu que derramavam fogo.
Certamente por volta do ano 1045 d.C. -- 21 anos antes de Guilherme o Conquistador ter chegado às praias de Inglaterra -- o uso de pólvora e de foguetes formaram um aspecto integral das tácticas militares chinesas.
Chegamos a um ponto confuso se tentarmos traçar a história dos foguetes antes de 1045. Os documentos chineses registam o uso de "setas de fogo", um termo que tanto pode designar foguetes como uma seta com uma substância inflamável.
No início do séc. XIII, a dinastia Sung chinesa, debaixo da pressão das crescentes hostes mongóis, viu-se forçada a depender cada vez mais da tecnologia para conter a ameaça. Os especialistas da artilharia chinesa introduziram e aperfeiçoaram muitos tipos de projécteis, incluindo granadas explosivas e canhões.
As setas com foguetes foram decerto usadas para repelir os invasores mongóis na batalha de Kai-fung-fu em 1232 d.C.
Os foguetes eram enormes e aparentemente bastante potentes. De acordo com um relatório: "Quando um foguete era disparado, fazia um barulho semelhante a um trovão que podia ser ouvido a cinco léguas -- cerca de 15 milhas (24 km). Quando caía na Terra, o ponto de impacto era devastado até uma extensão de 2,000 pés (600 metros) em todas as direcções." Aparentemente estes grandes foguetes militares levavam material incendiário e metralha de ferro. Estes foguetes podem ter incluído a primeira câmara de combustão, porque algumas fontes descreviam o dispositivo como incorporando um "pote de ferro" para conter e dirigir o impulso do propulsor de pólvora.
Os foguetes parecem ter chegado à Europa por volta de 1241 d.C. Escritos contemporâneos descrevem armas semelhantes a foguetes como sendo usadas pelos mongóis contra as forças húngaras na batalha de Sejo, que precedeu a captura de Buda (agora conhecida por Budapeste) em 25 de Dezembro de 1241.
Os mesmos escritos também descrevem o uso pelos mongóis de uma cortina de fumo nocivo -- possivelmente a primeira versão de armas químicas.
Os foguetes aparecem na literatura árabe em 1258 d.C., descrevendo o uso deles pelos invasores mongóis em 15 de Fevereiro para capturar a cidade de Bagdad.
Rápidos a aprender, os árabes adoptaram os foguetes nas suas próprias armas e, durante a Sétima Cruzada, usaram-nos contra a Armada Francesa do rei Luis IX em 1268.
É certo que, antes do ano 1300, os foguetes encontraram o seu caminho nos arsenais europeus, e atingiram a Itália por volta do ano 1500, a Alemanha pouco depois e, mais tarde, a Inglaterra. Um estudo de 1647 da "Arte das Armas de Fogo" ("Art of Gunnery") publicado em Londres, contém um segmento de 43 páginas sobre os foguetes. A propósito, os italianos têm o crédito de adoptarem foguetes militares para uso em fogo-de-artifício -- completando o ciclo, por assim dizer, dos bambus explosivos usados nos festivais chineses 1700 anos antes.
A Armada Francesa tradicionalmente esteve entre as maiores armadas da Europa, se não A MAIOR, e foi rápida a adoptar os foguetes em operações militares. Registos de 1429 mostram os foguetes em uso no cerco de Orleans durante a Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra.
Os foguetes militares holandeses apareceram em 1650 e as primeiras experiências militares alemãs iniciaram em 1668. Por volta de 1730, um coronel da artilharia de campo alemão, Christoph Fredrich von Geissler, fabricava foguetes que pesavam entre 25 e 54 quilogramas (55 a 120 libras).
No final do século XVIII, os especialistas militares europeus começaram a ter um verdadeiro interesse nos foguetes -- porque eles, tal como tinha acontecido com os húngaros 500 anos antes, se viram no ponto atingido pelas armas de foguetes.
Os franceses e os ingleses, durante o séc. XVIII, iniciaram uma luta pelo controlo das riquezas da Índia. Além de terem que lutar uns contra os outros, também se viram muitas vezes envolvidos contra as forças Mogol do Sultão Tippoo de Mysore. Durante as duas batalhas de Seringapatam em 1792 e 1799, os foguetes foram usados contra os ingleses. Um dos foguetes do Sultão Tippoo está agora em exposição no Royal Ordnance Museum no Arsenal Woolwich, perto de Londres.
O pai do Sultão Tippoo, Hyder Ally, incorporou um contingente de 1,200 homens de lançadores de foguetes na sua armada em 1788. O Sultão Tippoo aumentou esta força para cerca de 5,000 homens, cerca de um sétimo das forças totais da sua armada.
Aproveitando da sua experiência na índia, os ingleses, comandados por Sir William Congrieve, iniciaram o desenvolvimento de uma série de foguetes de barragem, que variavam desde 8 até 136 quilogramas (18 a 300 libras). Os foguetes criados por Congrieve foram utilizados contra Napoleão.
É surpreendente que Napoleão aparentemente não tenha utilizado os foguetes da Armada Francesa, mas devemo-nos recordar que Napoleão era um oficial da artilharia e pode ter sido simplesmente um obstinado tradicionalista e daí não favorecer os novos modelos de foguetes acima dos canhões mais familiares.
O propósito do uso pelos ingleses dos foguetes de Congrieve pode ser confirmado pelo ataque a Copenhaga em 1807. Os dinamarqueses foram sujeitos a uma barragem de 25,000 foguetes que queimaram muitas casas e armazéns.
Uma brigada oficial de foguetes foi criada na Armada Inglesa em 1818.
Os foguetes chegaram ao Novo Mundo durante a guerra de 1812.
Durante a Batalha de Bladensburg, em 24 de Agosto de 1814, a 85a Infantaria Ligeira Inglesa utilizou os foguetes contra um batalhão americano, de espigardas, comandado pelo Procurador Geral dos E.U., William Pickney. O Tenente Inglês George R. Gleig testemunhou a resposta americana ao novo ataque. Ele escreveu "Nunca os homens com armas nas mãos tinham feito tanto uso das pernas".
Em 4 de Dezembro de 1846, uma brigada de foguetes foi autorizada a acompanhar a expedição do Maj. Gen. Winfield Scott's contra o México. O primeiro batalhão da armada -- consistindo em cerca de 150 homens e armado com 50 foguetes -- foi posto sob o comando do Primeiro Tenente George H. Talcott.
A bateria de foguetes foi usada em 24 de Março de 1847 contra as forças mexicanas no cerco de Veracruz.
Em 8 de Abril os operadores de foguetes mudaram de posição, tendo sido colocados nas suas novas posições pelo Capitão Robert E. Lee (que mais tarde foi comandar a Armada Confederada da Virgínia do Norte na Guerra Entre os Estados). Cerca de 30 foguetes foram lançados durante a batalha de Telegraph Hill. Mais tarde, os foguetes foram usados na captura do forte de Chapultepec, que forçou a rendição da Cidade do México.
Numa previsão típica, assim que terminou a guerra com o México, terminou também o batalhão de foguetes e os foguetes que restaram foram guardados em armazém.
Permaneceram guardados durante cerca de 13 anos -- até 1861 em que foram levados para serem utilizados na Guerra Civil. Os foguetes foram encontrados num estado deteriorado, por isso foram feitos novos.
Foi feito o primeiro uso registado dos foguetes na Guerra Civil em 3 de Julho de 1862, quando a Cavalaria Confederada do Maj. Gen. J.E.B. Stuart lançou foguetes contra as tropas da União do Maj. Gen. George B. McClellan em Harrison's Landing, Virgínia. Não existem registos da opinião dos nortenhos desta demonstração prematura de fogo de artifício do "Quatro de Julho".
Mais tarde, ainda em 1862, foi feita uma tentativa pelo Batalhão de Nova Iorque da Armada da União -- 160 homens sob o comando do Major inglês Thomas W. Lion -- para usar os foguetes contra os Confederados na defesa de Richmond e Yorktown, Virgínia. Não foi um grande sucesso. Quando disparados, os foguetes dirigiam-se aleatoriamente pelo chão, passando entre as pernas dos animais. Um detonou por baixo de uma das montadas, fazendo levantar o animal a alguns metros e precipitando a imediata deserção da Armada Confederada.
O único uso documentado restante de foguetes foi em Charleston, S.C., em 1864. As tropas da União, sob o comando do Maj. Gen. Alexander Schimmelfennig, acharam os foguetes "especialmente práticos para a condução das vedetas da Confederação, especialmente à noite."
É interessante salientar que o autor Burke Davis, no seu livro "A Nossa Incrível Guerra Civil", conta uma história de um Confederado que tentou disparar um míssil balístico em Washington, D.C., de um ponto fora de Richmond, Va.
De acordo com o autor, o Presidente Confederado Jefferson Davis testemunhou o evento em que um foguete de combustível sólido de 3.7 metros (12 pés), transportando uma ogiva de pólvora de 4.5 quilos (10 libras) com um invólucro onde estavam inscritas as letras C.S.A., foi disparado e visto a voar rapidamente para dentro e para fora do campo de visão. Ninguém viu o foguete aterrar. É interessante especular porque é que, quase 100 anos antes do Sputnik, um satélite marcado com as iniciais da Confederação dos Estados Unidos da América (C.S.A. = Confederate States of America) terá sido lançado em órbita.
O exército parece ter ficado pouco impressionado com o potencial dos foguetes. Foram empregues no início de muitas das escaramu�as que marcaram os últimos dias tipicamente calmos do final da Era Victoriana. Se o exército era indiferente aos foguetes, outros ramos acolhê-los-iam de braços abertos.
A indústria da pesca da baleia desenvolveu harpões propulsionados a foguetes, com pontas explosivas, que eram mais efectivos contra os monstros marinhos.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os foguetes eram primeiro lançados de aviões na tentativa de destruir balões de observação inimigos cheios de hidrogénio. O sucesso era raro e os pilotos resistiam aos pedidos para lançarem foguetes das asas dos seus biplanos, altamente inflamáveis por serem cobertas de pano e verniz. Os franceses eram os principais utilizadores de foguetes aéreos, utilizando um modelo desenvolvido pelo Tenente Naval Y.P.G. LePrieur.
A principal dificuldade dos foguetes durante este período de desenvolvimento era o tipo de combustível. Tanto aqui como no estrangeiro, faziam-se experiências para desenvolver foguetes mais potentes com combustível l�quido. Dois jovens evidenciavam-se neste esforço -- um era americano, Robert H. Goddard -- o outro alemão, Wernher von Braun.
O comentador de rádio Paul Harvey conta uma história em que o interesse do jovem von Braun nos foguetes quase o etiquetou de delinquente juvenil. Com a idade de 13 anos, von Braun mostrou um interesse em explosivos e fogos de artifício. O pai não conseguia entender o seu grande interesse num passatempo tão perigoso. Ele tinha medo que o seu filho se tornasse num assaltante. Um dia o jovem adolescente conseguiu obter seis foguetes, prendeu-os a um vagão vermelho de brinquedo e acendeu-os. Com grandes chamas e uma longa cauda de fumo, o vagão rugiu ao longo de cinco quarteirões em direcção ao centro da cidade da família von Braun, onde os foguetes finalmente explodiram.
Quando o fumo se dissipou, o vagão de brinquedo emergiu como um destroço. O jovem von Braun emergiu bem seguro por um polícia. Apesar de severamente reprimido pelo pai, o interesse do jovem não seria negado. Com a idade de 22, recebeu o seu doutoramento em física. Dois anos mais tarde dirigia o programa de desenvolvimento dos foguetes militares da Alemanha.
Von Braun e os seus colegas produziram alguns aparelhos experimentais, dos quais o mais famoso era um foguete A-4, que ganhou uma distinção na história sob outro nome -- a arma da vingança número 2 -- abreviado para V-2 (Vengeance 2). A V-2 foi o primeiro míssil balístico de longa distância bem sucedido, e von Braun foi creditado como o seu principal autor.
Quando a Segunda Guerra Mundial se aproximou do fim, von Braun dirigiu o seu contingente de diversas centenas de cientistas e engenheiros de foguetes -- todos marcados para a morte pelos Nazis para prevenir a sua captura pelos Aliados -- nas linhas americanas.
Em 1946, von Braun e a sua equipa chegaram a White Sands, N.M., onde, pela primeira vez, von Braun ouviu falar do trabalho feito pelo pioneiro americano dos foguetes Robert Goddard.
O interesse de Goddard nos foguetes começou em 1898 quando, com 16 anos, leu as últimas publicações daquele antigo escritor de ficção científica e novelista inglês H.G. Wells. O livro que tanto excitou Goddard foi mais tarde, em 1938, transformado num programa de rádio que quase provocou o pânico em toda a nossa nação (E.U.A.) quando foi emitido. A versão demasiado realista de Orson Wells da "Guerra dos Mundos" ainda causa o estremecimento de muitos.
No início do séc. XX, Wilbur e Orville Wright prepararam-se para serem os primeiros homens a voar. Goddard, no entanto, já estava a criar foguetes para sondar a atmosfera superior e penetrar no espaço. A meio mundo de distância -- no desconhecimento de Goddard -- um professor escolar russo, Konstantin Tsiolkovsky, pensava mais ou menos no mesmo. Ambos chegaram independentemente à conclusão de que, para um foguete se portar como eles sonharam, teria que ser propulsionado por combustíveis l�quidos. Os combustíveis sólidos daquele tempo simplesmente não tinham potência suficiente. Tsiolkovsky não tinha o sentido prático de Goddard. Apesar de Tsiolkovsky trabalhar em muitos princípios da astronáutica e desenhar foguetes capazes, nunca os construiu. Por contraste, Goddard era um homem técnico. Podia e construiu foguetes. Quando morreu, em 1945, Goddard tinha 214 patentes neste tema -- patentes que ainda dão rendimentos para o seu estado.
Goddard iniciou as suas experiências quando estudava para o seu doutoramento na Universidade Clark em Worcester, Massachussets.
Ele atraíu em primeiro lugar as atenções em 1919 quando publicou um jornal com o título "Um Método Para Atingir Altitudes Extremas". Neste jornal delineou as suas ideias na técnica de criação de foguetes e sugeriu, não muito seriamente, que um foguete de demonstração seria enviado para a Lua.
O público ignorou o mérito científico deste jornal -- pegando-se em vez disso à proposta de Goddard do foguete para a Lua. Nesta altura, este esforço era absurdo e muitos despediram Goddard como um "excêntrico".
A experiência deu a Goddard uma grande lição -- que provocou o seu afastamento tímido de oportunidades futuras para publicar o seu trabalho. A publicidade estava longe das ideias de Goddard na manhã do dia 16 de Março de 1926. Nesse dia, cerca de um ano depois do fiasco do vagão do foguete de Wernher von Braun, Goddard lançou um foguete com combustível l�quido que ele próprio criou e construiu num campo coberto de neve da quinta da sua tia Effie Goddard em Auburn, Massachussets. O foguete voou apenas 46 metros (152 pés) -- aproximadamente a mesma distância do primeiro vôo tripulado dos irmãos Wright -- mas voou! Foi o primeiro vôo na história de um foguete com combustível l�quido.
Quando Goddard foi contactado pela Sociedade Interplanetária Americana em 1930 para publicar o seu trabalho, Goddard recusou. A sociedade, ao descobrir que ninguém nos Estados Unidos, além de Goddard, trabalhava com foguetes, virou a sua atenção para a pesquisa no mesmo tema que estava a ser desenvolvida na Europa.
Na Primavera de 1931, dois membros fundadores da sociedade Americana, o casal Edward e Lee Pendray, foram de férias para a Alemanha onde contactaram com a Sociedade de Foguetes Alemã, que tinha sido formada em 1927. Deram aos visitantes americanos uma previsão do futuro quando um membro da Sociedade Alemã de Foguetes -- Prof. Willy Ley -- levou o casal à base de testes de foguetes alemã nos subúrbios de Berlim.
De regresso a casa, os Pendrays fizeram um relatório entusiástico da sua visita, instigando a sociedade americana a construir o seu primeiro foguete. A primeira tentativa de um vôo de teste em Novembro de 1932 terminou com a criação americana firmemente no chão. Infelizmente os Pendray nunca conheceram um outro futuro especialista em foguetes que era também membro da sociedade alemã. O romeno Hermann Oberth escreveu, em 1923, um livro altamente profético: "Os Foguetes no Espaço Interplanetário". O livro encantou muitos que tinham sonhos de voar pelo espaço, incluindo o precoce jovem alemão, Wernher von Braun, que leu o livro em 1925. Cinco anos mais tarde, von Braun juntou-se a Oberth e auxiliou-o nas experiências com foguetes.
Por volta de 1932, a Armada Alemã começou a mostrar interesse nos esforços da Sociedade Alemã de Foguetes, e em Julho do mesmo ano, em foguete "Mirak" foi lançado como demonstração para o chefe do grupo recém-formado de pesquisas sobre foguetes da Armada Alemã, Capit�o (mais tarde Major General) Walter Dornberger.
O Mirak não conseguiu impressionar Dornberger.
Mas Von Braun conseguiu-o.
Três meses depois do vôo de demonstração, von Braun foi contratado para trabalhar com foguetes com combustível l�quido para a Armada. Uma grande parte da Sociedade Alemã de Foguetes seguiu von Braun para o serviço nacional, e a sociedade desfez-se.
Por volta de Dezembro de 1934, von Braun conseguiu o seu primeiro sucesso com um foguete A2 cujo combustível era etanol e oxigénio líquido. Dois anos mais tarde, quando os planos para o foguete A3, que sucedeu o A2, estavam a ser finalizados, iniciaram os primeiros planos para o A4, -- um foguete que seria, segundo as palavras de Dornberger, uma arma prática e não uma ferramenta de pesquisa. Conforme referido anteriormente, muitos conhecem o A4 por outro nome -- o V-2.
Os pesquisadores depressa excederam as suas capacidades em Kummersdorf, nos arredores de Berlim, e em 1936 as operações foram transferidas para uma ilha remota na costa báltica alemã -- Peenemuende.
Entre 1937 e 1941, o grupo de von Braun lançou cerca de 70 foguetes A3 e A5, cada um com componentes de teste para uso nos propostos foguetes A4.
O primeiro foguete A4 foi lançado em Março de 1942. O foguete apenas atingiu algumas nuvens baixas antes de se despenhar no mar a meia milha do ponto de lançamento.
O segundo lançamento foi em Agosto de 1942 e viu o A4 subir a uma altitude de 11 quilómetros (7 milhas) antes de explodir.
O terceiro foi um sucesso! Em 3 de Outubro de 1942, outro foguete A4 saiu de Peenemuende, seguiu a sua trajectória pré-definida na perfeição, e aterrou no alvo a 193 quilómetros (120 milhas) de distância. Pode-se dizer que este lançamento marcou o início da era espacial. O A4, o primeiro foguete balístico com sucesso, é o antecedente de praticamente todos os foguetes lançados actualmente no mundo.
O produção do A4 começou em 1943 e os primeiros A4, agora chamados de V2, foram lançados contra Londres em Setembro de 1944.
A ofensiva V-2 chegou tarde demais para afectar o curso da guerra. Por volta de Abril de 1945, a Armada Alemã estava em completa retirada por toda a parte, e Hitler tinha-se suicidado no seu "bunker" em Berlim.
Numa estalagem perto de Oberjoch, Haus Ingeburg, von Braun e mais de 100 dos seus especialistas em foguetes esperavam um fim. Tinha sido dada a ordem por Hitler para executar toda a equipa para evitar a sua captura. O irmão de Wernher von Braun, Magnus, no entanto, conseguiu contactar as forças americanas que estavam perto antes dos seguidores SS de Hitler conseguirem chegar à equipa dos foguetes. Em 2 de Maio, o mesmo dia em que Berlim caiu sob a Armada Soviética, von Braun e a sua equipa entraram nas linhas americanas e na liberdade.
Quando a guerra terminou, von Braun e a sua equipa foram fortemente interrogados e protegidos dos agentes russos, numa forma ciumenta. Os foguetes V2 e os respectivos componentes foram montados. Os técnicos alemães foram cercados. Em Junho, o General Eisenhower sancionou a última série de lançamentos V2 na Europa. Observando cada um dos três V2 que levantaram da base em Cuxhaven, estava um coronel da Armada Russa, Sergei Korolev. Dez anos mais tarde, Korolev seria aclamado como o desenhador-chefe das naves espaciais na União Soviética, e o responsável pela criação das naves espaciais Vostok, Voshkod e Soyuz que, desde 1961, transportaram os cosmonautas soviéticos para órbita.
Poucos membros da equipa de von Braun participaram nos lançamentos de Cuxhaven. Muitos tinham já começado a instalar estabelecimentos em Fort Bliss, perto de El Paso, Texas. Empilhados no deserto perto de Las Cruces, Novo México, estavam componentes suficientes para construir 100 V2. Von Braun e a sua equipa depressa se mudaram para perto de White Sands Proving Ground, onde começaram a montar e lançar os V2. Por volta de Fevereiro de 1946, já se tinha reunido toda a equipa de von Braun de Peenemuende em White Sands e, em 16 de Abril, o primeiro V2 foi lançado nos Estados Unidos. O programa espacial dos E.U. estava a começar!
Até 1952, foram lançados 64 V2 em White Sands. Instrumentos, e não explosivos, ocupavam os cones dos mísseis. Uma variante do V2 viu o míssil tornar-se no primeiro dos dois andares de um foguetão denominado Bumper. A metade superior era um foguetão WAC Corporal. A necessidade de mais espaço para disparar rapidamente os foguetões depressa se tornou evidente e, em 1949, o Joint Long Range Proving Ground foi estabelecido no remoto e deserto Cabo Canaveral, Florida. Em 24 de Julho de 1950, um foguetão Bumper de dois andares tornou-se no primeiro de centenas a serem lançados do "Cabo".
A transferência das operações de lançamento para o Cabo coincidiram com a transferência do programa dos mísseis da Armada de White Sands para um posto próximo da cidade do norte do Alabama, chamada Huntsville. Von Braun e a sua equipa chegaram em Abril de 1950. Tornou-se na sua casa para os 20 anos seguintes, um período durante o qual a população da cidade aumentou 10 vezes.
A equipa de von Braun trabalhou no desenvolvimento do que era essencialmente um foguetão super-V2, denominado segundo o arsenal da Armada dos E.U. onde estava a ser criado -- o Redstone (Pedra Vermelha).
Em 1956, A Agência de Mísseis Balísticos da Armada (Army Ballistic Missile Agency) foi estabelecida no Arsenal de Redstone, sob o comando de von Braun para desenvolver o míssil balístico Júpiter de alcance intermédio. Uma versão do foguetão de Redstone, denominado de Júpiter C, foi utilizado em 31 de Janeiro de 1958 para lançar o primeiro satélite americano, Explorer I (Explorador 1). Três anos mais tarde, o Mercury de Redstone lançava Alan Shepard e Virgil I. "Gus" Grissom num vôo espacial suborbital, abrindo o caminho para o primeiro vôo orbital de John Glenn.
Em 1958, foi criada a NASA e, dois anos mais tarde, von Braun, a sua equipa e toda a Agência de Mísseis Balísticos da Armada (ABMA) foram transferidos para a NASA para formarem o núcleo do programa espacial da agência.
O Comando dos Mísseis da Armada (Army Missile Command), a que pertence o Arsenal Redstone, continuou a sua missão vital de defesa nacional após a transferência da ABMA para a NASA, marcando um grande número de programas bem sucedidos para aumentar o poder terrestre dos americanos. Os sucessos de MICOM incluem os Pershing II, os sistemas de armas NIKE, os sistemas HAWK, HAWK Melhorado, Corporal, Sergeant, Lance e Chaparral, para referir apenas alguns.
Seguindo um caminho diferente -- o do desenvolvimento dos foguetões para exploração espacial -- o último quarto de século do Centro de Vôo Espacial Marshall (Marshall Space Flight Center) tornou-se uma época de superlativos.
Em 1961, quando Alan Shepard ainda se estava a secar de ter caido no Oceano Atlântico após ter conduzido um foguete Redstone do Marshall num vôo suborbital que o tornou no primeiro americano no espaço, o Presidente Kennedy encarregou esta nação para ser a primeira na Lua. O Centro Marshall da NASA foi encarregada de desenvolver a família de foguetões gigantes que lá nos iria levar.
Os foguetões Saturno criados no Marshall para suportar o programa Apollo e para honrar a promessa do President Kennedy foram, na altura, os veículos de lançamento para o espaço mais potentes que algumas foram inventados.
Engenheiros, cientistas, empreiteiros e outro pessoal de suporte trabalharam bem. Em 20 de Julho de 1969, uma transmissão do Mar da Tranquilidade, na Lua, informou: "A Águia (Eagle) poisou."
Os foguetões Saturno do Marshall levaram-nos primeiro à volta da Lua, depois para a sua superfície de crateras. Os veículos de excursão lunar desenvolvidos pelo Marshall -- os toscos Rovers Lunares (Moon Buggies) -- levaram os astronautas em excursões de longa distância na procura de amostras do solo e rochas lunares.
Mais próximo de casa, a equipa do Marshall desenvolveu a primeira estação espacial americana -- o Skylab. Criada para substituir o andar superior do foguetão lunar Saturn V, o módulo Skylab foi posto em órbita, com sucesso, no início do dia 14 de Maio de 1973.
Pôr o Skylab em órbita marcou uma grande transição na história da indústria dos foguetões. Antes do Skylab, o foguetão era uma estrela -- a atracção. O foco estava apontado para a subida e para a descida -- lançamento e recuperação. O Skylab roubou o espectáculo. Pela primeira vez, o espaço tornou-se num local para viver e trabalhar. Voar a bordo de um foguetão era aproximadamente o equivalente terrestre de conduzir um carro para o trabalho. Tal como ter que conduzir o carro era um incidente necessário para o trabalho -- voar a bordo de um foguetão tornou-se secundário para o trabalho realizado quando o Skylab era atingido. O foguetão, falando num modo simples, tornou-se num meio para atingir um fim -- sendo o fim neste caso a oportunidade de aprender a viver e a trabalhar no espaço.
Uma quantidade de avarias atacaram os primeiros dias do Skylab -- problemas que testaram os recursos de toda a equipa da NASA. Os problemas foram solucionados, no entanto, e o Skylab continuou até se tornar um dos empreendimentos mais orgulhosos do Marshall.
O Saturno I-B, desenvolvido pelo Marshall, também levou a metade americana do primeiro empenho espacial E.U.-Soviético, o projecto Apollo-Soyuz.
Depois de Apollo, a equipa no Marshall começou a trabalhar na criação de um sistema nacional de transporte espacial, que veio a ser conhecido simplesmente por "O Vai-vem Espacial" (The Space Shuttle).
É tudo menos simples!
Os principais motores do vai-vem espacial estão entre os dispositivos mais potentes e mais sofisticados alguma vez inventados. Representam um salto quantitativo no avanço da tecnologia sobre os motores que propulsionaram o Saturno V. Cada um dos três motores principais na cauda do vai-vem tem capacidade para quase meio milhão de libras de potência de aceleração, uma potência igual à produzida por todos os oito motores do primeiro andar do Saturno I. Ao contrário de muitos dos motores prévios de foguetões, que foram desenhados para serem utilizados apenas uma vez -- e apenas por alguns minutos -- os motores principais do vai-vem espacial são desenhados para serem usados várias vezes seguidas, até 7.5 horas. A razão peso-potência destes motores é a melhor do mundo -- cada motor pesa menos de 7,000 libras mas produz a potência equivalente a sete grandes barragens!
Vinte e quatro vôos bem sucedidos do vai-vem fizeram acalmar a América para uma forma de condescendência. Os lançamentos do vai-vem tornaram-se em rotina -- um simples acontecimento rotineiro que n�o merece mais do que uma notícia com 10 cm de altura na página 2 de uma publicação.
Então chegou o desastre do Challenger....
O tempo desde a perda do Challenger foi o mais trabalhoso em toda a história do Centro de Vôo Espacial de Marshall. Organizaram-se equipas de especialistas para descobrir e corrigir os problemas que levaram ao acidente. A investigação depressa levou a uma junta defeituosa nos motores do vai-vem espacial. Os especialistas na propulsão dos foguetões criaram diversas modificações no desenho do motor para remediar a falha.
Foi executado um programa de testes vigoroso para mostrar que os problemas tinham sido resolvidos.
O hiato, forçado pelo desastre, nas operações do vai-vem deram ao Marshall -- e a outras instalações da NASA -- uma oportunidade para reverem outros assuntos relativos ao vai-vem. Grandes passos foram dados para melhorar a confiança e segurança nas lâminas das turbinas e nas bombas turbo dos motores principais do vai- vem. Foi criado um sistema de escape para a tripulação do vai-vem. Foram introduzidos melhoramentos no sistema de poiso e nos travões.
Quando a América voltou aos vôos tripulados em 1988, fê-lo num veículo espacial que era muito mais seguro e mais capaz.
A NASA está também a examinar a possibilidade de utilizar veículos de lançamento caros em missões que não necessitam das capacidades únicas do vai-vem, e está a procurar desenvolver uma nova geração de pesados veículos de lançamento.
Este será o próximo capítulo da história dos foguetões -- uma história cujo primeiro capítulo foi escrito há mais de 2,400 anos.
Ninguém pode dizer onde o nosso caminho nos levará ou quando -- esperemos que nunca -- será escrito o último capítulo desta história.

Foguetes



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